O adeus ao Jornal do Brasil após 119 anos!


A partir desta quarta-feira, o "Jornal do Brasil", fundado em 1891, deixa de circular na sua versão impressa. Aos leitores, restará apenas a opção da edição digital, via internet, mediante uma assinatura mensal de R$ 9,90.

Para a empresa que administra a publicação há nove anos, trata-se de um passo rumo ao futuro, mas para muitos profissionais de imprensa a iniciativa significa uma espécie de morte de um dos mais importantes jornais do país.

Fundado num 9 de abril, o "JB" marcou seu lugar na história dos grandes jornais como um precursor de inovações, como o uso de agências de notícias e o envio de correspondentes ao exterior.

Lançado menos de dois anos após a Proclamação da República, o "JB" foi identificado inicialmente como um jornal monarquista e, desde então, manteve uma intricada relação dialética com a vida republicana brasileira.

- Eu resumo a história do "JB" em dois períodos. Um século de glória e duas décadas de agonia - afirma Alberto Dines, do Observatório da Imprensa e ex-diretor de redação do "JB", onde trabalhou de 1962 a 1973. - Era um jornal liberal no sentido de ser antimilitarista e, portanto, contrário à República, que nasceu pelas mãos de um golpe militar.


Mailén Degoumois N°11 '

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