Copom deixa a Selic nos atuais 13,75% ao ano

A decisão foi unânime e os empresários que não gostaram da manutenção da taxa básica de juros, serão recebidos amanhã pelo presidente Lula para discutir medidas de estímulo à produção e ao consumo.

Preocupado com o impacto da crise internacional, o governo quer anunciar diante de empresários, nesta quinta-feira, um pacote de medidas para incentivar a economia.

Os empresários, que não gostaram da decisão do Comitê de Política Monetária, vão ser recebidos amanhã pelo presidente Lula para discutir medidas de estímulo à produção e ao consumo.

Hoje, em reunião com sindicalistas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu um "saco de bondades" para reativar a economia.

Devem ser criadas novas alíquotas de imposto de renda para aliviar o bolso dos trabalhadores. O imposto que incide sobre operações financeiras, o IOF, vai ser reduzido para baratear os empréstimos e setores afetados pela crise também devem pagar menos impostos.

Na noite desta terça-feira, o Banco Central decidiu pela manutenção da Selic. Este é o primeiro ano do governo Lula no qual não houve reduções da taxa básica de juros. Em 12 meses, a Selic subiu 2,5%, a maior alta desde 2001.

A reunião do Comitê de Política Monetária demorou mais do que de costume. Em nota o Banco Central diz que a maioria dos integrantes chegou a discutir a possibilidade de reduzir imediatamente a taxa básica de juros.

Mas diante do cenário macroeconômico, que continua cercado por grande incerteza, houve decisão unânime em manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano.

A taxa continua pelos próximos 45 dias. O Copom se reúne novamente nos dias 20 e 21 de janeiro.

A taxa básica abriu o ano em 11, 25%. Começou a subir em abril, quando foi para 11,75%. E continuou subindo até setembro quando o Banco Central fixou a taxa básica em 13,75% e não mudou mais.

A Confederação Nacional da Indústria criticou a decisão em manter os juros em 13,75%. As centrais sindicais também, as federações do Comércio e da Indústria de São Paulo lamentaram a manutenção da taxa.

“É lamentável, né? Porque essa é uma medida anti-emprego, na contramão do mundo. No mundo inteiro os juros caindo e no Brasil a taxa básica de juros, os juros básicos de 13,75% , inflação de 6,5% esse ano”, fala Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Um economista acredita que o dólar mais caro foi determinante para o Banco Ccentral manter-se coerente na política econômica.

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