Um jovem branco, com 1,75 metro de altura, idade entre 18 e 19 anos, cabelo espetado, com luzes nas pontas. Assim seria a descrição de um dos suspeitos de agredir dois rapazes no sábado (4), em São Paulo. Eles tinham acabado de sair de uma boate gay.
A Polícia Civil divulgou nesta terça (7) o retrato falado do homem, com base na descrição das vítimas. Ninguém foi preso pelo crime.
O retrato falado foi confeccionado a partir do que o operador de telemarketing Gilberto Tranquilini da Silva e o amigo, que pediu para não ser identificado, descreveram. “Só conseguiram fazer o retrato falado de um deles”, contou Margarette Barreto, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Tranquilini e o colega estiveram na segunda (6) na delegacia, no Centro da capital paulista. “Eles não reconheceram ninguém do álbum de fotos. Então, fizeram o retrato falado”, disse Margarette.
Retrato falado (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
As investigações estão no 5o. DP (Aclimação) e a Decradi, segundo Margarette, está ajudando nas investigações. Ela disse estar buscando imagens de câmeras que possam auxiliar a identificar todos os suspeitos – seriam quatro homens e duas mulheres.
A agressão ocorreu na Avenida Paulista, nas proximidades da Estação Brigadeiro do Metrô, na madrugada de sábado.
Na porta da delegacia, na segunda, Tranquilini lembrou o momento que precedeu a surra: “eles gritaram: 'desgruda, desgruda'”, contou. Depois disso, um rapaz empurrou o jovem, derrubando-o. “Eles deram vários chutes, até o sangue escorrer da boca dele.”A Polícia Militar foi chamada para socorrer os dois amigos por volta das 4h50 de sábado.O caso foi registrado como lesão corporal consumada e os policiais levaram as vítimas ao Pronto Socorro Municipal Vergueiro, perto da Paulista.

Vanessa T. Okubo
n:16
8ano